Em mais uma rodada de negociações acerca da concessão da revisão geral anual (RGA) de 2021 para os servidores públicos municipais de Sorriso, a Prefeitura avançou em relação à proposta inicial. Agora, a oferta da Administração Municipal é de 12% para os professores e de 10,16% para os demais servidores. Na reunião de fevereiro com o Sindicato, a Prefeitura havia feito a oferta de 10,06%
O secretário de Administração, Estevam Calvo, ressaltou ao presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorriso (Sinsems), Leocir Faccio, assim como aos demais sindicalistas presentes, que a proposta leva em consideração o estudo de impacto financeiro da Prefeitura. “A análise é feita globalmente, não somente a relação da recomposição no impacto da folha de pagamento, mas também vislumbrando uma série de outros fatores, como a necessidade de investimentos frente ao constante crescimento do Município e a sustentabilidade da manutenção da estrutura do Executivo”, pondera o gestor, reforçando que a necessidade de uma reforma administrativa é indispensável.
Mais uma vez, o secretário reiterou que em janeiro deste ano a Prefeitura efetuou o pagamento de 2,5 mil servidores públicos com o reajuste de 10,17% referente à RGA 2019/2020 e também com os R$ 200 relativos ao vale-alimentação.
“Precisamos de um novo concurso, contratar novos servidores e a definição de um patamar de revisão que seja viável agora e no futuro é indispensável neste processo”, complementa o secretário de Governo, Hilton Polesello. A partir de agora, a proposta será oficializada ao Sindicato, que levará a proposta para apreciação em assembleia geral.
O porcentual oferecido está aquém da solicitação feita pelo Sindicato, que era de uma recomposição salarial de 14% para os servidores em geral e 16% para os professores. Na composição destes índices, o Sinsems detalhava que, dos 14%, a revisão em si perfaz o índice de 10,16% e os 3,84% adicionais referem-se a um ganho real de 3,84%. Já nos 16% solicitados para os professores, o ganho real sobe para 5,84%.
Os representantes dos servidores argumentaram sobre o crescente índice inflacionário, que acaba achatando o poder aquisitivo dos servidores. “Somos sensíveis a isso e a nossa proposta é de retomarmos o processo de negociação em setembro, já estudando, neste período a revisão geral anual para 2022”, propôs Estevam.
Além de Estevam, Polesello e dos representantes do Sindicato, também participaram da análise o secretário Sérgio Kocova (Fazenda), Bruno Delgado (adjunto de Administração) e demais servidores da Prefeitura, assim como a vereadora Jane Delalibera, e os vereadores Celso Kozak e Zé da Pantanal.
Texto: Nádia Mastella
Fotos: Reginaldo de Souza