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Pesquisa da vacina contra o HIV pode mudar a história da Aids

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André não tem o vírus HIV, mas está ajudando com que outras pessoas não se contaminem no futuro. Ele participa de um estudo que testa uma vacina contra o HIV. É mais uma tentativa da ciência para controlar o vírus, que circula há 40 anos.

Mas por que em um ano de Covid-19 já temos uma vacina pra combater o vírus e em 40 anos de Aids ainda não existe um imunizante contra o HIV?

“Porque é um vírus extremamente mais complexo quando a gente compara, por exemplo, com o novo coronavírus. Ele entra nas células, ele se mistura com o material genético da pessoa que é infectada e encontrar esse vírus escondido dessa forma é muito mais difícil no nosso sistema de defesa. O segundo problema é que é um vírus extremamente variável”, diz o infectologista Esper Kallás.

“E ele vai sofrendo modificações dentro do organismo da mesma pessoa, porque você pega o vírus e não elimina mais. Então, é como você atirar num alvo móvel. É um desafio enorme e, até hoje, nós não fomos capazes de obter uma vacina capaz de proteger contra a doença e, eventualmente, capaz até de conseguir a eliminação do vírus de quem já pegou”, explica o doutor Drauzio Varella.

No total, 3.800 pessoas se ofereceram para participar dos testes nos Estados UnidosMéxicoItáliaEspanhaPolôniaPeruArgentina e Brasil. No país, 8 centros de estudos foram cadastrados. O Hospital Emílio Ribas é um deles e foi onde o Fantástico encontrou o voluntário André.

A pesquisa no hospital foi chamada de Mosaico, porque combina genes de vários subtipos do vírus HIV – mais de 90% dos tipos que circulam hoje no mundo. 

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