O “Julho Amarelo” marca a luta contra as hepatites virais. O mês foi adotado pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como símbolo de luta e prevenção da enfermidade. E em Sorriso, a equipe do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) está preparada para um mês de trabalho voltado à orientação, conscientização e realização de testagem rápida.
Quem passa as informações é a coordenadora do SAE, Michelle Saldanha. Conforme ela, a partir do dia 1º (próxima quinta-feira) o Serviço irá disponibilizar testes rápidos diariamente aos interessados. Para isso, basta procurar o SAE no horário das 7 às 11 horas pela manhã e das 13 às 17 horas à tarde. O SAE fica na Avenida Porto Alegre, bem próximo à UPA.
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas e é considerada problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
Também neste mês as ações serão intensificadas com a realização de panfletagem orientativa e com o projeto “Saúde na Estrada”. Michelle explica que nos dias 12 e 13 de julho a equipe irá realizar um trabalho de orientação no Posto Redentor. “Vamos orientar; discutir sintomas; desmistificar a hepatite e mostrar que há tratamento”. Nos dois dias o trabalho contará ainda com a distribuição de preservativos e será realizado das 7 horas até as 17 horas.
Michelle destaca que os exames tanto para hepatites B ou C; sífilis e HIV precisam ser incluídos aos hábitos de rotina. “Principalmente para quem tem uma vida sexual mais ativa a recomendação é fazer a cada seis meses o teste”, ressalta. Os quatro exames são ofertados pelo SAE. A coordenadora reforça outra dica: a importância do uso de preservativo em relações sexuais. “Esse é um método eficaz de se prevenir contra qualquer DST (Doença Sexualmente Transmissível)”, pontua.
Julho Amarelo
O “Julho Amarelo”, foi instituído através da Lei 13.802, com objetivo de chamar a atenção para a luta contra às hepatites virais e reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. A estimativa do Ministério da Saúde é que cerca de 3 milhões da população brasileira pode ser portadoras dos vírus B ou C e desconhecerem a doença ou não realizarem tratamento adequado.
Vale reforçar que a hepatite B não tem cura ainda, mas tem tratamento e pode ser evitada com a vacina disponível na rede pública. Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é ofertado no SUS.
Sintomas
Os sintomas da hepatite podem variar conforme o tipo de vírus envolvido, mas geralmente se manifestam na fase aguda da hepatite, através de:
Dor de cabeça e mal-estar geral;
Dor e inchaço abdominal;
Cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos;
Urina escura, semelhante à cor da coca-cola;
Fezes claras, como massa de vidraceiro;
Náuseas, vômitos e emagrecimento sem causa aparente.
Formas de transmissão:
A transmissão da hepatite pode ocorrer pelo contato oral-fecal ou pelo contato com o sangue contaminado. Algumas formas de contaminação mais comuns incluem:
Compartilhar seringas;
Ter relações sexuais sem preservativo;
Consumir alimentos ou água contaminados por fezes;
Contato com urina ou fezes de uma pessoa contaminada.
Texto: Claudia Lazarotto com informações do Ministério da Saúde Fotos: Internet