Um adolescente de 12 anos inventou um sequestro e mobilizou a Polícia Civil de Nova Xavantina, a 651 km de Cuiabá, no último domingo (6). Após o anúncio do suposto sequestro, um morador alertou outras pessoas sobre a possibilidade de um veículo estar tentando sequestrar crianças na cidade, colocando a população em pânico e mobilizando a polícia da cidade.
A Polícia Militar informou que foi acionada pelo pai de um adolescente, morador no setor Xavantina. Ele disse aos militares que o filho dele havia lhe falado que foi colocar o lixo na porta de casa, quando foi surpreendido por um homem que o golpeou com um soco na cabeça e, após tapar sua boca, o colocou em um veículo preto e o abandonou nas proximidades da casa onde mora.
Ao serem informados do suposto sequestro, os militares acionaram a Polícia Civil e os investigadores saíram em diligências pela cidade em busca de informações reais e com imagens de câmeras de um comércio próximo da casa da vítima e constataram que o adolescente não estava dentro de nenhum carro.
De acordo com a Polícia Civil, as imagens mostram que o garoto foi a pé até a Avenida Mestre Venâncio de Oliveira e, ao se aproximar do referido mercado, o menor se joga no chão, com o intuito de simular uma queda, rolando na areia para se sujar. Ele ainda entra em um terreno baldio para se sujar ainda mais.
A equipe de investigação disse que também coletou imagens de uma residência próxima à casa da suposta vítima, que mostra o menino caminhando normalmente pela rua, desmentindo a informação de que teria sido sequestrado quando ainda estava na porta de casa.
O menor foi ouvido na delegacia e assumiu que teria mentido com intuito de brincar na nova praça do bairro. Indagado pelos policiais sobre o que teria motivado a mentira, o adolescente disse que foi um outro boato sobre uma possível tentativa de sequestro de um adolescente que rodou nas redes sociais na semana passada.
A Polícia Civil alertou sobre a falsa comunicação de ocorrência que, além de ser considerada um crime, pode causar pânico na população e ainda ocupar o efetivo e viaturas policiais em atendimento falso, comprometendo o atendimento à sociedade.
G1MT