Durante a entrega de 07 caminhões para secretaria de transportes do município, o prefeito de Sorriso Ari Lafin relatou um pouco do dilema em que vive a crise financeira nas esferas Estadual e Nacional.
Segundo o prefeito, o município de Sorriso é bastante prejudicado devido a fama de ser um município rico quando sai para buscar recursos em Cuiabá em Brasília. “Eu em dois anos e meio, eu vou ser bem sincerro pra vocês, eu não senti o sabor das grandes emendas parlamentares. Tenho ido muito a Brasília e a Cuiabá e não minto pra vocês, acho que estou mais gastando diárias, tomando café e água do que resultados efetivos ao nosso município. Se pegar as diárias minhas de dois anos e meio, acho que é maior as despesas do que o retorno que nós devíamos ter para o nosso município. É uma vergonha isso que eu estou falando, mas se eu não vou talvez não venha nada… ai falam, nem tentou? Agora semana que vem vamos de novo… terça e quarta Brasília e quinta Cuiabá…e eu já tenho medo de Cuiabá…sabiam que eu tenho medo?…de eu chegar lá e eles pedirem alguma coisa ainda pra nós… porque é assim: bato na porta e volto“, disse o prefeito enumerando situações onde o município vem cumprindo custos do Estado.
“Na segurança pública para vocês terem noção, e é hora de falar um pouquinho… se nós tirarmos os 13 funcionários da delegacia acabou a segurança pública, 50 mil por mês de salários (funcionários do município cedidos para a delegacia que é obrigação do Estado) para André e Nilson que são dois grandes delegados. Se nós tirar esta estrutura eles (delegados) simplesmente vão embora porque não tem o que fazer. Dai vai pra policia militar… se não der apoio ao Jorge Almeida (comandante) não vai conseguir. Hoje se a segurança pública é boa é porque o poder municipal joga R$ 1 milhão de reais por ano, e seria dever do Estado”, desabafou o prefeito.
“A máquina esta inchada e se vocês verem só os funcionários que estão terceirizados para as esferas que não seriam a nossa competência (municipio), eu baixo a folha, enxugo a folha, mas ai para a segurança…para tudo…”, disse Lafin.