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Sequestro em Sorriso expõe ação de facção criminosa; Polícia Civil prende dois suspeitos e busca corpo de jovem

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Foto: EstadãoMT

Um sequestro ocorrido no fim de semana em Sorriso acendeu o alerta das autoridades locais para a presença cada vez mais ousada do crime organizado na região. A vítima, Gabriel Feitosa Silva, de 24 anos, foi levada à força junto com a namorada em um bar da cidade. Desde então, a polícia trabalha com a hipótese de que o jovem tenha sido executado por membros de uma facção criminosa, mas o corpo ainda não foi localizado.

Na noite desta segunda-feira (1º), a Polícia Judiciária Civil apresentou dois suspeitos presos em flagrante. Um deles confessou participação direta no suposto homicídio, relatando que Gabriel teria sido estrangulado com uma corda. O outro admitiu ter sido chamado para se desfazer da motocicleta da vítima, jogada no rio Lira, e também teria auxiliado na ocultação do corpo.

Em entrevista, o delegado Bruno França explicou que os relatos dos suspeitos indicam que a ação foi motivada pela desconfiança de que Gabriel teria ligação com uma facção rival. “A informação que temos, ainda a ser confirmada, é que ele foi morto e o corpo ocultado em uma área de mata próxima à cidade. Por isso, vamos iniciar buscas com apoio do Corpo de Bombeiros para localizar tanto o corpo quanto a motocicleta”, afirmou.

A jovem que acompanhava Gabriel também foi sequestrada, mas liberada após passar horas em cativeiro. Segundo o delegado, ela não era o alvo da ação e sobreviveu por acaso. “Ela foi ameaçada, expulsa da cidade e encontrada em fuga. Tudo indica que não teve nenhuma participação, sendo uma vítima que acabou envolvida pelo simples fato de estar com ele no momento do ataque”, explicou França.

Os dois suspeitos utilizavam tornozeleira eletrônica e a Polícia Civil vai solicitar os registros de movimentação dos equipamentos para reforçar as investigações. “Esses dados podem ajudar a traçar o percurso deles e indicar o ponto exato onde o corpo foi deixado”, acrescentou o delegado.

Enquanto familiares aguardam respostas e a comunidade acompanha atônita o desenrolar do caso, a Polícia Civil garante que continuará as diligências. “O caso ainda não está encerrado. Nosso trabalho é dar uma resposta definitiva à família e à sociedade”, finalizou França.