O soldado da Polícia Militar Raylton Mourão confessou ter assassinado a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, de 33 anos, durante interrogatório prestado nesta semana à Polícia Civil. O crime ocorreu em 11 de setembro, em Várzea Grande, e teria sido motivado por uma disputa judicial relacionada a um acidente de trânsito.
De acordo com as investigações, Rozeli cobrava uma indenização de R$ 24 mil após um acidente envolvendo um caminhão de propriedade do militar. Raylton admitiu ter sido o autor do disparo que matou a vítima, que deixou dois filhos, de 6 e 12 anos, além do marido.
Durante o depoimento, o policial se mostrou emotivo e afirmou estar arrependido:
“Eu estraguei a vida de uma mãe de família, fico imaginando se fosse a minha mulher. Eu deveria ter conversado com a minha esposa, porque ela teria tirado isso da minha cabeça”, disse.
Ao ser questionado sobre seus próprios filhos, de quatro anos e de 1 ano e 4 meses, o militar pediu para não ser “torturado” e voltou a demonstrar arrependimento.
A farmacêutica Aline Valandro Kounz, esposa de Raylton, também prestou depoimento. O delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu, descartou a hipótese de que ela tenha pilotado a motocicleta utilizada no dia do crime. Após ser ouvida, Aline foi liberada na audiência de custódia.
As investigações apontam ainda que Raylton não agiu sozinho. A Polícia já identificou um comparsa do PM, que segue foragido.
Segundo o delegado Bruno Abreu, Raylton demonstrou arrependimento durante todo o interrogatório:
“Ele se mostrou arrependido no sentido de que matou uma esposa e mãe de dois filhos, refletindo sobre o impacto que isso teria se fosse com sua própria família. Foi um momento de contradição entre loucura e empatia ao mesmo tempo”, afirmou.