Ações fazem parte das operações Kuri II e Aurum Sordidos, que atingem sete cidades e miram uma rede criminosa responsável por extrair e comercializar ouro ilegalmente nos rios Teles Pires e São Benedito.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), as operações Kuri II e Aurum Sordidos, com o objetivo de combater o garimpo ilegal nos leitos dos rios Teles Pires e São Benedito, na região norte de Mato Grosso. As ações foram realizadas simultaneamente em Alta Floresta, Matupá, Peixoto de Azevedo, Sinop, Tangará da Serra, além de municípios no Pará.
De acordo com a delegada Rafaela Santos, da Polícia Federal em Sinop, esta é a segunda fase da Operação Kuri, deflagrada em abril deste ano. Na ocasião, as equipes destruíram 17 balsas utilizadas para a extração ilegal de ouro e apreenderam 2 mil litros de combustível, resultando em um prejuízo estimado em R$ 15 milhões aos responsáveis pela atividade criminosa.
“Essa operação é a segunda fase de um trabalho iniciado em abril, no rio Teles Pires, na divisa do Mato Grosso com o Pará. Na época, destruímos 17 balsas e apreendemos diversos materiais. Hoje, cumprimos 16 mandados de busca e apreensão em cidades como Alta Floresta, Matupá, Peixoto de Azevedo, Sinop e Tangará da Serra”, explicou a delegada.
Durante as diligências, os agentes registraram um flagrante em Sinop, onde localizaram ouro e uma arma sem registro na residência de um dos alvos. O suspeito foi preso em flagrante, e o material apreendido está sendo periciado. Segundo a delegada, nesta fase já foram apreendidos cerca de 2 quilos de ouro, além de armas e veículos.
A investigação aponta que o grupo criminoso extraía ouro de forma ilegal em áreas de garimpo clandestino e inseria o metal no mercado formal, declarando-o falsamente como de origem legal.
“Nosso objetivo é quebrar toda essa cadeia de lavagem e comercialização do ouro ilegal, que causa prejuízo ambiental, econômico e social, principalmente às comunidades indígenas afetadas”, afirmou Rafaela Santos.
A 1ª Vara Federal de Sinop autorizou o cumprimento dos mandados, além do bloqueio de bens e valores pertencentes aos investigados.
Em nota, a Polícia Federal reforçou que as operações buscam desmantelar toda a estrutura financeira do garimpo ilegal, proteger o meio ambiente amazônico e garantir os direitos dos povos indígenas Kayabi e Munduruku, impactados pela exploração clandestina.
                
