A juíza Helícia Vitti Lourenço decidiu manter a prisão preventiva de Diego Viana Moraes, acusado de matar Euzaíde dos Santos, 53 anos, no bairro Barreiro Branco, em Cuiabá, em 30 de agosto. No momento em que deixava a delegacia, Diego afirmou estar arrependido pelo crime.

Durante a audiência de custódia, realizada nesta quarta-feira (1º), ele declarou ouvir vozes. A juíza autorizou que continuasse fazendo uso de seus medicamentos e determinou a realização de exame de insanidade mental, além de providenciar sua segregação dos demais presos.

O corpo de Euzaíde foi encontrado no Rancho Tucanguira, na região do Coxipó da Ponte, com sinais claros de agressões físicas. A vítima, que sofria de problemas visuais, estava com marcas de apedrejamento. As investigações identificaram que Diego residia com ela.

O acusado admitiu que o motivo teria sido um desentendimento por causa de um celular, mas não deu mais detalhes. Ele também disse que morava com a vítima e reiterou sentir arrependimento pelo ocorrido.

Agora, o processo segue com a apuração de todas as circunstâncias e perícias médicas determinadas pela Justiça.

Dois criminosos foram mortos em confronto com a Força Tática da Polícia Militar e outros dois foram presos após manter uma mulher de 48 anos em cárcere privado, em Poxoréu (600 km de Sorriso). O caso ocorreu na noite de terça-feira, e um Honda ZRV roubado foi recuperado.

A ação teve início quando a PM recebeu alerta da Polícia Rodoviária Federal sobre um HB20 que estaria sendo usado em crimes. Ao abordar o veículo, foi encontrado outro carro o Honda ZRV com registro de roubo. Um dos suspeitos admitiu que havia sido contratado para transportar o veículo até Cuiabá por R$ 1 mil, enquanto o ocupante do HB20 receberia R$ 500 pela escolta.

Sem conseguir contato com a vítima via telefone, os policiais foram até a casa dela, encontrando o imóvel revirado. Um dos suspeitos indicou um endereço no bairro Vale Verde onde ela estaria, e ao chegar lá, policiais foram recebidos a tiros. No revide, dois homens foram atingidos e morreram no local. A mulher foi resgatada com ferimentos e encaminhada para atendimento.

A vítima relatou que foi rendida por volta das 14h em sua residência, espancada, coagida a realizar transferências via Pix que totalizariam R$ 200 mil e ameaçada de execução. Segundo ela, os criminosos exigiram cartões, senhas bancárias, cometeram torturas físicas e psicológicas, inclusive ameaça de abuso sexual.

Na ocorrência, foram apreendidos dois revólveres calibre .38, um tablete de substância similar à maconha e os veículos usados no crime. Todos os acusados e materiais foram encaminhados à delegacia para registro (BO).

Cinco suspeitos foram presos; polícia investiga possível envolvimento de fornecedores e uso de substâncias tóxicas no processo

Uma operação integrada da Polícia Militar, Polícia Civil e Politec resultou no fechamento de uma fábrica clandestina de cerveja em Nova Mutum (MT). O barracão, localizado no bairro Cidade Bela, funcionava há pelo menos quatro meses e já havia colocado em circulação cerca de 10 mil caixas de bebidas adulteradas em toda a região.

Cinco pessoas foram presas em flagrante durante a ação. A descoberta foi possível graças a denúncias de moradores, que relataram movimentações suspeitas e o forte odor químico que saía do local.

No galpão, os policiais encontraram garrafas reutilizadas sem esterilização, equipamentos improvisados e ambiente em condições precárias de higiene. Rótulos e tampinhas falsificados eram aplicados para simular marcas conhecidas, e os produtos eram vendidos no comércio a preços abaixo do mercado.

De acordo com a Polícia Militar, a produção chegava a 900 caixas por semana, garantindo aos criminosos lucro superior a 100% por engradado.

Um dos pontos mais graves observados pela polícia foi o uso de soda cáustica, produto altamente tóxico. A suspeita inicial é de que ela era utilizada para retirar rótulos originais, mas a Politec investiga se também teria sido aplicada no conteúdo da bebida.

“Estamos analisando todo o material apreendido. Caso seja comprovado o uso da soda cáustica na composição da cerveja, o risco de intoxicação para os consumidores é altíssimo”, alertou um perito criminal.

As investigações apontam que o financiamento do esquema vinha de fora de Nova Mutum, enquanto os executores atuavam diretamente no galpão. Além disso, há indícios de que parte da bebida adulterada poderia ter sido adquirida de cervejarias regulares, o que agora será apurado pela Polícia Civil.

O barracão foi lacrado e todo o material apreendido passará por perícia técnica. Os cinco presos responderão por adulteração de bebidas alcoólicas, crime que pode resultar em pena de até 8 anos de reclusão.

A Polícia Civil prossegue com as investigações para identificar a cadeia de fornecedores e possíveis conexões do grupo criminoso com empresas do setor.