O presidente da Câmara de Vereadores de Sorriso, Rodrigo Matterazzi (Republicanos), veio a público nesta quinta-feira (28), ao lado do corregedor Emerson Farias (PL), para rebater as acusações feitas pela vereadora Jane Delalibera (PL). Em nota conjunta, eles classificaram como “inverídico” o conteúdo do boletim de ocorrência registrado pela parlamentar e defenderam a condução dos trabalhos da Mesa Diretora.

Jane Delalibera acusa Matterazzi, Emerson Farias e o assessor jurídico da Casa, Fernando Mascarello, de exercerem pressões e represálias após a apresentação do Requerimento 146, que pede auditoria imediata na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sorriso. Segundo a vereadora, durante reunião realizada em 26 de junho, ela teria sido alvo de retaliações e ofensas situação que, segundo ela, será comprovada com a gravação do encontro, ainda não disponibilizada pela presidência da Câmara.

No boletim de ocorrência, Jane alega ter sido vítima de violência psicológica, com base no artigo 147-B do Código Penal, que define o crime como causar dano emocional que comprometa a integridade ou desenvolvimento da mulher.

Em resposta, Rodrigo Matterazzi e Emerson Farias afirmaram que repudiam veementemente as acusações e garantem que todos os procedimentos instaurados pela atual gestão seguem os princípios da legalidade, impessoalidade e sigilo processual, em conformidade com o Regimento Interno e a Lei Orgânica do município.

Eles rejeitam qualquer sugestão de coação ou intimidação e dizem que o boletim de ocorrência tem caráter político, servindo para deslegitimar o trabalho da Mesa Diretora.

“Continuaremos a agir com seriedade, retidão moral e firmeza, como a população espera de seus representantes. Não cederemos a tentativas de retaliação”, destacaram na nota.

O presidente da Câmara também esclareceu que a atuação do assessor jurídico Fernando Mascarello foi exclusivamente técnica, a pedido da Corregedoria e da comissão responsável pelo processo. Para os vereadores, a menção ao servidor busca apenas desviar o foco da apuração de condutas que, segundo eles, já vinham sendo questionadas no Legislativo.

Matterazzi reforçou ainda o compromisso da Mesa Diretora com a transparência e a ética, assegurando que todas as denúncias recebidas pela Câmara continuarão sendo apuradas de acordo com a lei, independentemente de quem seja o alvo.

A prisão e posterior soltura do produtor rural Gilberto Eglair Possamai, o Beto Possamai, em Sorriso, escancaram um dilema recorrente em Mato Grosso: até que ponto as operações de combate ao furto de energia conseguem gerar resultados concretos diante das interpretações jurídicas que cercam os flagrantes?

Possamai, de 56 anos, foi detido na quarta-feira (27) durante a operação Energia Limpa, deflagrada pela Energisa em parceria com a Polícia Civil. A ação investigava irregularidades no consumo de energia em sua fazenda, localizada às margens da MT-560. Técnicos identificaram adulterações no medidor, divergência em lacres e até irrigadores em funcionamento sem registro no sistema oficial.

Apesar dos indícios técnicos, a Justiça determinou sua soltura já no dia seguinte, durante audiência de custódia. Para o juiz Arthur Moreira Pedreira de Albuquerque, não havia configuração de flagrante, já que o produtor não foi surpreendido cometendo o delito, não houve perseguição imediata e nenhum objeto diretamente ligado à fraude foi encontrado em sua posse.

A concessionária afirma que o caso é parte de uma estratégia de monitoramento que combina inteligência artificial, perícia técnica e inspeções presenciais. Segundo o coordenador regional Danilo Rezende, outras grandes propriedades também estão sob investigação.

“O furto de energia prejudica toda a sociedade e não será mais tolerado. Quem cometer esse delito será responsabilizado”, reforçou.

O episódio ganhou ainda mais repercussão por envolver um nome de peso no cenário político local. Possamai já foi suplente da ex-senadora Selma Arruda e mantém influência no meio rural, o que ampliou o debate em torno do caso.

O episódio evidencia um ponto sensível: de um lado, concessionárias e órgãos de segurança tentando coibir práticas que geram prejuízos milionários ao sistema; de outro, o entendimento da Justiça sobre a validade de provas técnicas diante da exigência de flagrante.

Um homem foi preso na noite desta quinta-feira (28) na zona leste de Sorriso, após ser flagrado com porções de pasta base de cocaína e dinheiro em espécie.

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da Cavalaria realizava patrulhamento pelo bairro quando o suspeito, identificado pelas iniciais O.M.O., demonstrou atitude suspeita ao perceber a aproximação da viatura e tentou se desfazer de pequenos invólucros.

Na abordagem, os policiais encontraram R$ 70 em dinheiro e um celular vermelho com o homem. Em seguida, durante a varredura no local, localizaram os pacotes descartados, que continham três porções de substância análoga à pasta base de cocaína.

A PM informou ainda que o suspeito possui passagem anterior pelo mesmo crime. Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, onde o caso segue sob investigação.