As forças de segurança de Mato Grosso intensificam as buscas pela professora Rosineide da Silva Pereira, que desapareceu no final da tarde de quinta-feira (11) em São José do Rio Claro (297 km de Cuiabá). A principal suspeita é de que ela tenha sido vítima de sequestro.

De acordo com familiares, o último contato com Rosineide ocorreu por volta das 17h, via WhatsApp. Na mensagem, ela avisava que o celular estava descarregando. Desde então, não houve mais notícias. A ausência de informações levou parentes a procurarem colegas de trabalho e, em seguida, registrar ocorrência junto à Polícia Civil.

Uma câmera de segurança instalada próximo à residência da professora registrou os momentos que antecederam o desaparecimento. O vídeo mostra Rosineide chegando em casa em um Jeep Compass. Pouco depois, uma motocicleta com dois homens para diante do imóvel.

Nas imagens, é possível ver os suspeitos descendo da moto. Segundos depois, o SUV da professora sai da residência, aparentemente conduzido por outra pessoa. Um dos criminosos permaneceu na motocicleta. Desde então, nem o veículo nem a vítima foram localizados.

Equipes da Polícia Civil trabalham para identificar os envolvidos e entender a dinâmica do crime. A hipótese de sequestro é tratada como prioridade, e buscas continuam na região para tentar localizar a professora.

A Polícia Civil apreendeu quatro adolescentes envolvidos no assassinato da servidora pública Samara Aparecida Conceição, de 34 anos, ocorrido em Colíder. Entre os detidos está a filha da vítima, de apenas 13 anos, apontada como a autora do golpe de mata-leão que tirou a vida da mãe.

De acordo com as investigações, enquanto a filha aplicava a técnica de estrangulamento, os outros três menores, com idades entre 15 e 16 anos, seguravam braços e pernas da vítima. Um deles seria o namorado da adolescente. O delegado Adan Ximenes solicitou a internação dos quatro envolvidos.

A menina foi localizada junto ao namorado e outro amigo, no final da tarde de quinta-feira (11), em uma área de pasto na zona rural, quando tentavam fugir a pé em direção a Nova Canaã do Norte. Eles estavam com R$ 4 mil, valor que teria sido subtraído da casa da vítima.

Durante diligências, a Polícia Civil identificou e apreendeu o quarto suspeito, também de 16 anos, que carregava parte do dinheiro roubado. Todos confessaram participação no crime, narrando com frieza como a morte foi planejada e executada.

Segundo o depoimento, a filha pulou sobre a mãe enquanto ela dormia, aplicando o mata-leão, enquanto os comparsas a imobilizavam. Samara teria suplicado para não ser morta e chegou a questionar os motivos da ação, mas não resistiu. Após a morte, os adolescentes revistaram a casa e encontraram cerca de R$ 5,8 mil.

Em depoimento, a filha alegou que não se sentia amada pela mãe, enquanto os amigos disseram que ajudaram para “apoiar uma amiga”. Antes do ato, eles chegaram a discutir outras formas de assassinato, como pauladas ou facadas, mas optaram pela asfixia.

Samara foi encontrada por uma testemunha, caída no chão do quarto onde dormia, com as mãos amarradas para trás e uma camiseta enrolada no pescoço. A suspeita inicial da perícia é de morte por asfixia, já que não havia sinais de violência externa ou sangramento.

A brutalidade do caso chocou a cidade de Colíder. A Polícia Civil autuou os adolescentes por ato infracional análogo a homicídio qualificado por motivo torpe e representou pela internação dos quatro.

A personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, 33 anos, foi assassinada a tiros na manhã desta quinta-feira (11), no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. O crime ocorreu por volta das 6h, quando ela seguia para a academia onde trabalhava.

Imagens de câmeras de segurança flagraram toda a ação. Dois homens em uma motocicleta se aproximaram do veículo da vítima e o passageiro disparou várias vezes contra Rozeli, que morreu ainda dentro do carro. A moto utilizada não tinha placa, o que reforça a suspeita de execução planejada.

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o modus operandi do crime aponta para possível envolvimento de facção criminosa. “A moto sem placa, dois indivíduos encapuzados e a forma como agiram indicam uma execução típica de facção. Vamos apurar se as ameaças que ela vinha sofrendo estão ligadas à motivação do crime”, disse.

Apesar dos relatos de intimidações, não havia registro de boletins de ocorrência ou pedidos de medida protetiva. Familiares também não relataram histórico de agressões.

Rozeli vivia com o companheiro, que é caminhoneiro e estava viajando a trabalho para Sorriso no momento do crime. A Polícia Militar realizou rondas na região, mas até o momento ninguém foi preso. A DHPP segue na investigação para identificar os autores e esclarecer as circunstâncias do homicídio.