Operação da GCCO e Draco desarticulou esquema de armazenamento de entorpecentes ligado ao crime organizado.

Uma megaoperação realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso resultou na apreensão de aproximadamente 1.988 tabletes de maconha na noite desta quinta-feira (2), em Cuiabá. A ação foi conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), e prendeu em flagrante quatro homens ligados a uma facção criminosa.

Segundo as investigações, o grupo utilizava uma chácara na região do Coxipó do Ouro, após a Ponte de Ferro, como ponto estratégico para encontros e armazenamento da droga. O entorpecente estava escondido em tambores plásticos enterrados no quintal da propriedade, localizada em área de mata e próxima ao rio Coxipó.

Os policiais já monitoravam o local havia cerca de um mês, após identificarem que a residência funcionava como base de apoio logístico para o crime organizado.

Na tarde de quinta-feira, as equipes observaram os suspeitos movimentando tambores e realizando escavações no quintal. Durante a vigilância, os investigadores ouviram conversas sobre a falta de espaço nos recipientes e o plano de retornar no dia seguinte com mais tambores para guardar o restante da droga.

Diante do flagrante, os policiais decidiram agir e surpreenderam os quatro homens no momento em que enterravam parte do carregamento.

No total, quase duas mil unidades de maconha foram encontradas. A Politec foi acionada para contabilizar e pesar o entorpecente, que será incluído no inquérito. Os quatro presos, todos com antecedentes criminais, foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, permanecendo à disposição da Justiça.

De acordo com a Polícia Civil, a operação representa um golpe significativo contra o esquema de distribuição de drogas de uma facção criminosa que atua em Mato Grosso. O inquérito deve prosseguir para identificar outros envolvidos no transporte e na comercialização da droga apreendida.

Durante patrulhamento no bairro Rota do Sol, em Sorriso, a Polícia Militar prendeu um homem suspeito de tráfico de drogas e com ligação a uma facção criminosa. A ocorrência foi detalhada pelo sargento Almeida, que participou da ação.

Segundo o sargento, a equipe realizava rondas quando percebeu que uma mulher, sentada em frente a uma kitnet, demonstrou nervosismo ao avistar a viatura. Durante a abordagem, ela afirmou morar no local com o marido e revelou que havia entorpecentes dentro da residência.

“Ela autorizou a entrada da guarnição e localizamos uma pedra maior de pasta base de cocaína e algumas porções menores, caracterizando o tráfico”, explicou Almeida.

A mulher informou que o marido estava trabalhando em uma obra próxima, no bairro Monte Líbano. Os policiais seguiram até o endereço e localizaram o homem, que acabou preso. Ele confirmou que havia se mudado recentemente para Sorriso, após deixar a cidade de Nova Mutum.

De acordo com a PM, o suspeito relatou que se envolveu em uma briga com um rival da facção criminosa à qual pertence e chegou a tentar matá-lo com uma arma de fogo. O inimigo teria tomado a arma durante o confronto, o que o deixou ameaçado de morte e o fez fugir para Sorriso.

O sargento Almeida destacou que o homem é faccionado e já estava há cerca de 30 dias vivendo em Sorriso com a esposa. “Ele mesmo admitiu a ligação com a facção e que veio para cá após se envolver em uma tentativa de homicídio em Nova Mutum”, relatou.

O caso foi registrado em boletim de ocorrência e encaminhado à Polícia Civil, que deve dar prosseguimento às investigações, inclusive em contato com autoridades de Nova Mutum para verificar os antecedentes do preso.

A juíza Helícia Vitti Lourenço decidiu manter a prisão preventiva de Diego Viana Moraes, acusado de matar Euzaíde dos Santos, 53 anos, no bairro Barreiro Branco, em Cuiabá, em 30 de agosto. No momento em que deixava a delegacia, Diego afirmou estar arrependido pelo crime.

Durante a audiência de custódia, realizada nesta quarta-feira (1º), ele declarou ouvir vozes. A juíza autorizou que continuasse fazendo uso de seus medicamentos e determinou a realização de exame de insanidade mental, além de providenciar sua segregação dos demais presos.

O corpo de Euzaíde foi encontrado no Rancho Tucanguira, na região do Coxipó da Ponte, com sinais claros de agressões físicas. A vítima, que sofria de problemas visuais, estava com marcas de apedrejamento. As investigações identificaram que Diego residia com ela.

O acusado admitiu que o motivo teria sido um desentendimento por causa de um celular, mas não deu mais detalhes. Ele também disse que morava com a vítima e reiterou sentir arrependimento pelo ocorrido.

Agora, o processo segue com a apuração de todas as circunstâncias e perícias médicas determinadas pela Justiça.