Início Editorias Polícia Operação apreende medicamentos para emagrecimento irregulares em clínica médica de Barra do...

Operação apreende medicamentos para emagrecimento irregulares em clínica médica de Barra do Garças

0
Polícia Civil-MT

Uma fiscalização realizada ontem em Barra do Garças (520 km de Cuiabá) resultou na apreensão de medicamentos irregulares em uma clínica médica suspeita de aplicar substâncias para emagrecimento sem autorização dos órgãos reguladores. A ação foi desencadeada durante uma operação conjunta da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária, no âmbito da Operação Jaleco.

De acordo com a Polícia Civil, o estabelecimento era alvo de apuração por suposta aplicação de medicamentos sem registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Durante a vistoria, as equipes encontraram substâncias com os princípios ativos tirzepatida e retatrutida, ambas sem selo ou autorização da agência reguladora. Um dos produtos apreendidos, contendo retatrutida, é considerado experimental, ainda em fase avançada de estudos clínicos e proibido para comercialização no Brasil.

Ao todo, foram apreendidas 25 ampolas e 11 canetas de medicamentos utilizados com finalidade de emagrecimento. Além do material armazenado para uso, os fiscais também localizaram frascos descartados no lixo do consultório, sem qualquer identificação ou comprovação de procedência, o que reforçou as suspeitas de uso irregular e descarte inadequado das substâncias.

O médico responsável pela clínica, de 39 anos, foi autuado pela Vigilância Sanitária e responderá a inquérito policial pelos crimes de falsificação, adulteração ou comercialização de produtos terapêuticos sem registro. O estabelecimento também poderá sofrer sanções administrativas, que vão desde multa até outras penalidades previstas em lei.

Segundo o delegado Raphael Diniz, responsável pelo caso, a finalidade da operação é proteger a população. “O objetivo é coibir práticas ilegais que colocam em risco a saúde pública. A operação segue em andamento, e novas diligências poderão ser realizadas para identificar a origem dos medicamentos e eventuais vítimas”, afirmou.

As investigações continuam e novas ações não estão descartadas.