Faz pouco mais de 30 dias (33, na verdade) que o seu Valdemiro Russi, 80 anos, usa um óculos escuro em todos os momentos. O hábito é novo e o motivo bom: é que seu Valdemiro passou por uma cirurgia de catarata no dia 1.º de setembro e está em processo de recuperação. Na última sexta-feira, 30, ele foi à consulta para acompanhamento. “Me disseram que estou recuperando bem do lado direito, mas o médico falou que talvez tenha que fazer do olho esquerdo também; já agendei a consulta pra ver”, pontua.
Assim como seu Valdemiro, vários outros sorrisenses realizaram procedimentos cirúrgicos em 2022. Só cirurgias de catarata foram 355 desde o início do ano até agora; mais 284 de pterígio. Somadas todas as cirurgias eletivas, o Município já contabilizou 1.824 procedimentos de janeiro até 30 de setembro com um investimento de R$ 3.305.730,28 entre recursos próprios e emendas impositivas do Legislativo. O número total engloba processos cirúrgicos variados como de otorrinolaringologia, ginecologia, oftalmologia e situações gerais com intervenções cirúrgicas de vesícula, hérnia e rins.
O secretário de Saúde e Saneamento, Sílvio Stolfo, pontua que todos os procedimentos são adquiridos pelo Município por processos legais na iniciativa privada por meio do Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires e obedecem à fila de espera da Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde. “Estamos seguindo a ordem da fila e atendendo situações identificadas como de prioridade de casos pelos médicos”, pontua.
E como em qualquer outro procedimento da rede pública de saúde do Município, a porta de entrada é sempre a Unidade Básica de Saúde. A partir do atendimento na UBS é que o paciente recebe as orientações médicas, faz os exames necessários e é encaminhado para a cirurgia, caso o médico confirme a necessidade. “Destacamos que pacientes que estão aguardando esses procedimentos devem ficar atentos aos contatos realizados pela equipe de regulação da Secretaria”, salienta. O secretário explica que como as cirurgias são adquiridas da iniciativa privada, elas estão sendo realizadas de acordo com cronograma próprio de cada unidade hospitalar. “Há procedimentos mais demorados para realização, então tudo precisa passar por planejamento”, diz.
“Ressaltamos que quem enfrenta algum problema de saúde deve procurar urgentemente o PSF mais próximo de sua residência para atendimento e encaminhamentos que o médico considerar necessário”, completa Sílvio.
DA ASSESSORIA