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Maduro reage a tensões com os EUA e convoca mobilização nacional por paz e soberania na Venezuela

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Foto: Sérgio Lima poder360

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou seus apoiadores a promover uma campanha internacional para mostrar ao povo dos Estados Unidos que o país “não quer guerra nem no Caribe, nem na América do Sul”. O apelo foi feito na noite de quarta-feira (15), durante reunião do Conselho Nacional pela Soberania e Paz, criado para enfrentar o aumento das tensões diplomáticas com o governo norte-americano.

A declaração ocorre após o jornal The New York Times divulgar que o então presidente Donald Trump teria autorizado a CIA a planejar a derrubada de Maduro. O líder venezuelano criticou duramente a possibilidade de intervenção militar e afirmou que “não haverá mudança de regime nem golpe de Estado como os promovidos no Chile e na Argentina”, comparando as ameaças atuais às ações históricas da agência americana na América Latina. Maduro também chamou de “covardes” os exilados venezuelanos em Miami que defendem uma ofensiva militar contra Caracas e destacou que 85% do dinheiro do narcotráfico mundial está nos bancos dos Estados Unidos, dizendo que “o verdadeiro cartel está no Norte”.

Enquanto isso, a opositora María Corina Machado, que recentemente recebeu o Prêmio Nobel da Paz, declarou em entrevista à CNN que também rejeita qualquer tipo de conflito armado. Ainda assim, Maduro acusou parte da oposição de atuar em conluio com Washington, citando promessas feitas por Machado à família Trump de privatizar setores estratégicos da economia venezuelana. Em meio ao impasse, o governo venezuelano afirma ter alcançado um consenso nacional com 54 dos 56 partidos políticos do país, além de artistas e sindicalistas, para reforçar uma campanha de diálogo direto com a sociedade norte-americana e defender a soberania e a paz regional.