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Juiz de Sinop autoriza recuperação judicial da RD Comércio, ligada à família de Dilceu Rossato

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A Justiça de Mato Grosso deferiu o processamento do pedido de recuperação judicial da RD Comércio e Representações Ltda, empresa sediada em Sorriso (MT) e atuante há mais de 30 anos na distribuição de insumos agrícolas. A decisão foi proferida pela 4ª Vara Cível de Sinop e reconhece a grave crise econômico-financeira enfrentada pela companhia.

O grupo é administrado pelas empresárias Cátia Regina Randon e Caroline Randon, também sócias do Grupo Randon e familiares do ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, sócio do Grupo Safras, que teve seu próprio pedido de recuperação judicial deferido no início deste ano.

Na decisão, o magistrado destacou que a empresa comprovou o exercício regular de suas atividades desde 1989 e apresentou toda a documentação exigida pela Lei nº 11.101/2005, que regula os processos de recuperação e falência.
O juiz determinou o prosseguimento do processo e nomeou uma administradora judicial para acompanhar as ações da empresa e fiscalizar o cumprimento das medidas previstas em lei.

“O deferimento do processamento encontra amparo nos princípios que norteiam a Recuperação Judicial, especialmente o da função social da empresa, que visa assegurar a preservação da atividade produtiva, a manutenção dos empregos e o atendimento ao interesse dos credores”, diz trecho da decisão.

O pedido da RD foi fundamentado em fatores externos que, segundo a empresa, agravaram sua situação financeira. Entre eles estão a alta do dólar, oscilações de mercado, inadimplência de clientes, impactos da pandemia da Covid-19 e condições climáticas adversas que afetaram diretamente o desempenho do setor agrícola.
Parte significativa das dificuldades também estaria ligada à retração nas vendas e ao aumento dos custos de produção nas últimas safras.

Com o deferimento, a RD passa a ter um prazo de 180 dias de proteção judicial, período em que ficam suspensas todas as execuções, cobranças e bloqueios de bens. Nesse intervalo, a empresa deverá apresentar e negociar um plano de recuperação com seus credores.

Em nota, o grupo afirmou que o objetivo do pedido é evitar o agravamento da crise, garantir a continuidade das operações e preservar centenas de empregos diretos e indiretos.

“O pedido de recuperação judicial tem como propósito restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da empresa, assegurando a manutenção de suas atividades e a proteção dos interesses coletivos”, ressaltou a direção do grupo.