A Polícia Civil de Sorriso apura um episódio que acendeu alerta dentro da instituição: o furto de um celular funcional que teria sido utilizado para acessar, editar e divulgar conversas internas de servidores nas redes sociais. O caso, segundo a corporação, representa uma tentativa de produzir desinformação e fragilizar a imagem de policiais que atuam na região.
As mensagens que circularam nesta quinta-feira (4) traziam diálogos que, à primeira vista, pareciam comprometedores. No entanto, ao analisar o material, os investigadores constataram que os prints foram manipulados com trechos recortados, reorganizados ou completamente distorcidos para sugerir ilegalidades inexistentes.
Para a Polícia Civil, o episódio não se trata apenas de um furto, mas de uma ação articulada. A corporação aponta que o material adulterado teria sido produzido por integrantes do crime organizado, com possível apoio de um advogado, com o objetivo de criar narrativas falsas sobre a atuação dos policiais.
A direção da instituição também relatou que jornalistas foram ameaçados para divulgar o conteúdo adulterado, o que reforça a preocupação da corporação com a disseminação de fake news e com a tentativa de influenciar a opinião pública por meio de informações fraudulentas.
Diante do cenário, a Polícia Civil anunciou que irá divulgar, no momento oportuno, as conversas originais ao lado das versões editadas, para demonstrar a manipulação e evitar danos permanentes à credibilidade da instituição. A Corregedoria e o Ministério Público já foram comunicados e acompanham o caso.
A corporação destacou ainda que, embora o grupo de mensagens tivesse caráter descontraído, eventualmente eram tratados temas de trabalho que jamais deveriam chegar às mãos de criminosos motivo pelo qual o episódio reforça a necessidade urgente de revisar protocolos de segurança interna.
As investigações avançam para identificar os responsáveis pelo furto do aparelho e pela adulteração do conteúdo. A Polícia Civil afirma que já possui suspeitos e segue em diligências.

