Foto: EstadãoMT
O desaparecimento de Gabriel Feitor da Silva, de 24 anos, terminou de forma trágica nesta terça-feira (2), em Sorriso (MT). O corpo do jovem foi localizado pelo Corpo de Bombeiros no Rio Lira, amarrado a uma pedra, junto com sua motocicleta, também lançada no rio para ocultar provas do crime.
Segundo a Polícia Civil, Gabriel foi sequestrado no último domingo (31) junto com a namorada, levado a um “tribunal do crime” organizado por uma facção rival e executado por estrangulamento com uma corda. A jovem foi liberada, mas Gabriel acabou morto em uma área de mata no bairro Morada do Bosque, região Leste de Sorriso, antes de ter o corpo retirado na madrugada e arremessado ao rio.
O delegado Bruno França confirmou que dois suspeitos já foram presos e confessaram participação no crime, detalhando toda a dinâmica do sequestro e homicídio. A motivação estaria ligada a conflitos entre facções criminosas, já que a vítima teria envolvimento em atividades ilícitas e vinha relatando à família que vinha sendo ameaçada.
“Apesar da diminuição de crimes dessa natureza neste ano, o modus operandi continua semelhante: captura, julgamento fictício e execução covarde”, afirmou o delegado. Ele destacou ainda que outros envolvidos foram identificados e estão sendo procurados. Caso não sejam localizados em flagrante, a polícia deve pedir a prisão cautelar à Justiça.
O trabalho de resgate contou com mergulhadores do Corpo de Bombeiros. As buscas foram feitas após informações repassadas pela Polícia Civil indicarem o ponto exato onde corpo e motocicleta haviam sido lançados.
“A moto estava submersa e o corpo preso a uma pedra no fundo do Rio Lira. Conseguimos retirá-los e repassar para a Politec dar sequência aos trabalhos periciais”, disse o bombeiro.
De acordo com a polícia, esse tipo de crime tem relação direta com disputas de facções em Mato Grosso e já resultou em dezenas de homicídios semelhantes nos últimos anos. Apesar do cenário preocupante, as autoridades reforçam que a ação rápida das forças de segurança permitiu a localização do corpo, a prisão de suspeitos e a identificação de outros envolvidos em tempo hábil.
“Agora entramos na fase de captura. Nossa missão é prender todos os responsáveis para que respondam criminalmente e dar uma resposta à sociedade”, concluiu o delegado Bruno França.

