Gilson Castelan de Souza, de 48 anos, havia sido preso há uma semana por matar a facadas uma colega de trabalho; ele também era acusado de feminicídio em Várzea Grande, Mato Grosso, em 2022.
O detento Gilson Castelan de Souza, de 48 anos, foi encontrado morto dentro de uma cela da penitenciária de Campo Grande na tarde desta terça-feira (4). A principal hipótese é de suicídio por enforcamento. Ele cumpria prisão preventiva por dois feminicídios cometidos em sequência, o mais recente em Mato Grosso do Sul e o outro em Mato Grosso.
De acordo com a Polícia Civil, agentes penitenciários localizaram Gilson com um lençol enrolado no pescoço durante ronda de rotina. Ele estava sozinho na cela.
Gilson havia sido preso no último dia 28 de outubro, acusado de matar Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, com 11 facadas, em Campo Grande. O crime ocorreu em plena via pública, no cruzamento das ruas Maicuru e Valpes, no bairro Jardim Columbia, em frente à empresa onde ambos trabalhavam.
Testemunhas relataram que Luana ainda tentou fugir após os primeiros golpes e correu por cerca de 80 metros pedindo ajuda, mas caiu antes de conseguir socorro. Vizinhos ouviram os gritos da vítima, que teria implorado para não ser morta. O Samu foi acionado, mas ela já estava sem vida quando o resgate chegou.
Após o crime, Gilson enviou mensagens a colegas de trabalho dizendo que havia “feito uma cagada” e fugiu. Ele foi localizado e preso durante diligências na região.
O homem já era foragido da Justiça desde 2022, quando matou a ex-companheira Silbene Duroure da Guia, de 40 anos, em Várzea Grande (MT). Na ocasião, vizinhos ouviram gritos vindos da residência e acionaram a polícia, mas Silbene foi encontrada sem vida, com diversas perfurações de faca no quarto da casa onde morava com o agressor.
Com o histórico de reincidência e a brutalidade dos crimes, Gilson havia se tornado um dos nomes mais conhecidos entre os procurados por feminicídio na região Centro-Oeste. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte dentro da unidade prisional.