A explosão de uma bombinha que feriu uma criança no bairro Vila Bela, em Sorriso, voltou a colocar em evidência um problema que se repete todos os anos: o uso de artefatos pirotécnicos por menores de idade e a venda clandestina desse material em pontos improvisados da cidade.
O menino teve ferimentos na mão após o explosivo detonar antes do previsto. Segundo o Corpo de Bombeiros, o artefato teria sido comprado em um local não autorizado situação que, segundo a corporação, alimenta um cenário perigoso, já que muitos desses produtos não atendem padrões mínimos de segurança.
A equipe fez os primeiros atendimentos no local e encaminhou a criança para a UPA, onde exames devem descartar fraturas ou danos mais profundos. O menino estava na companhia de amigos, enquanto a mãe trabalhava, e era cuidado por um primo. Apesar dos cortes e do inchaço, não houve amputação.
Para o bombeiro militar Olivi, que atendeu a ocorrência, o caso poderia ter sido ainda mais grave.
“Essas bombinhas, muitas vezes, são distribuídas sem controle. A criança não tem noção do tempo de detonação, nem dos riscos. Isso leva a queimaduras, mutilações e sequelas permanentes. Neste caso houve apenas edema e cortes superficiais, mas nem sempre o desfecho é assim”, explicou.
Com a proximidade das festas de fim de ano, o Corpo de Bombeiros reforça que o uso de explosivos por crianças deve ser proibido e que adultos precisam redobrar a atenção. Produtos vendidos de forma clandestina, sem certificação, têm maior probabilidade de falhar, explodir antes do tempo ou gerar estilhaços.
A corporação orienta que denúncias sobre venda irregular podem ser feitas de forma anônima, e lembra que o armazenamento e o transporte inadequado desses materiais aumenta ainda mais o risco de acidentes.
O caso será acompanhado pelas autoridades, e o alerta permanece: artefato explosivo não é brinquedo e a negligência pode custar a integridade física de crianças e adolescentes.

