Senador tenta se firmar como nome do PL ao governo, mas vê o partido se aproximar do vice-governador Otaviano Pivetta
O senador Wellington Fagundes (PL) tem demonstrado incômodo e desespero político desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como possível candidato ao governo de Mato Grosso. Em meio à movimentação nos bastidores, Fagundes passou a soltar indiretas públicas, tentando reafirmar sua relevância dentro do partido.
Em entrevista recente, o senador relembrou o episódio de 2014, quando Pivetta coordenava a campanha de Rogério Salles (PSDB) e teria feito denúncias contra ele. “Fui ao cartório, abri meu sigilo, da minha esposa e dos meus filhos. Eles não foram. O homem público tem que dar satisfação de tudo”, afirmou, numa fala interpretada como uma alfinetada direta ao vice-governador.
Fagundes tenta repetir a estratégia de 2022, quando concorreu ao governo com o apoio de Bolsonaro, mas desta vez enfrenta resistência dentro do próprio PL. A maioria da sigla, especialmente os prefeitos aliados ao ex-presidente, tem se aproximado de Pivetta, que vem ganhando visibilidade ao assumir o comando do Estado durante as ausências do governador Mauro Mendes (União Brasil).
A situação do senador se agrava com as críticas internas após ele sinalizar aproximação com a deputada Janaína Riva (MDB), vista como potencial candidata ao Senado. Enquanto isso, o PL nacional, sob o comando de Valdemar Costa Neto, ainda não definiu oficialmente quem representará o partido na disputa pelo governo de Mato Grosso em 2026.

