Um crime marcado pela brutalidade chocou os moradores de Peixoto de Azevedo (291 km de Sorriso) na madrugada desta quinta-feira (9). A idosa Dalila Rodrigues do Nascimento, de 75 anos, foi encontrada nua e com sinais de agressão física dentro de uma residência no bairro Liberdade. A suspeita é de que ela também tenha sido vítima de violência sexual antes de ser morta.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava na companhia do suspeito, José Alves da Silva, de 57 anos, na noite anterior ao crime. Os dois foram vistos ingerindo bebida alcoólica em uma casa localizada na Rua da Paz. Segundo relatos de pessoas próximas, a idosa e o suspeito mantinham um relacionamento, o que reforça a hipótese de feminicídio em contexto de violência doméstica e passional.
Na manhã seguinte, uma testemunha encontrou Dalila desacordada e acionou as autoridades. Quando os agentes chegaram, constataram a morte e iniciaram imediatamente as buscas pelo autor.
As diligências se estenderam por todo o dia. Segundo o delegado Thiago Barros, a prisão do suspeito foi resultado de uma ação integrada entre as forças de segurança.
“Desde o início do dia, estávamos nas ruas em busca do autor. Fizemos diligências em todos os bairros e, durante a noite, a Polícia Militar conseguiu uma informação sobre o paradeiro dele. Fomos até o local e efetuamos a prisão. O suspeito demonstrou frieza e não mostrou arrependimento algum”, afirmou o delegado.
O 2º sargento Weber, da Polícia Militar, também destacou o trabalho conjunto das equipes.
“Foi uma ação integrada, com apoio da comunidade, que resultou na prisão desse indivíduo. Ele demonstrou muita frieza durante a abordagem, dizendo apenas ‘morreu, morreu’. Para ele, a vida da vítima parecia não ter valor. Graças a Deus conseguimos capturá-lo rapidamente”, relatou o militar.
José Alves da Silva foi encontrado sentado em uma rua e confessou o crime no momento da prisão. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil e permanece à disposição da Justiça.
O corpo de Dalila Rodrigues do Nascimento foi encaminhado à Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) e, posteriormente, ao Instituto Médico Legal (IML), onde exames irão confirmar a causa da morte e se houve estupro.
O caso segue sob investigação pela Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Peixoto de Azevedo, e reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas de combate à violência contra a mulher no município.