foto por: Leonardo Fernandez Viloria / Reuters / RFI
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (18) a ativação de um plano de mobilização nacional que prevê a atuação de 4,5 milhões de milicianos em todo o país. A medida foi apresentada como resposta às “ameaças” dos Estados Unidos, que recentemente aumentaram a recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano e deflagraram uma operação antidrogas com presença militar no Caribe.
Durante ato transmitido pela televisão estatal, Maduro exaltou o papel da milícia, criada pelo ex-presidente Hugo Chávez e hoje integrada às Forças Armadas da Venezuela. Segundo ele, a estratégia é garantir a defesa territorial frente às pressões externas. “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela. Mísseis e fuzis para a classe operária, para defender a nossa pátria”, declarou.
De acordo com números oficiais, a milícia venezuelana conta com aproximadamente 5 milhões de reservistas, organizados em diferentes frentes de atuação. Maduro afirmou que a meta é ampliar a presença das chamadas milícias camponesas e operárias em comunidades rurais e fábricas, reforçando o caráter popular e ideológico do movimento.
O mandatário agradeceu às manifestações de apoio de setores militares e políticos diante do que classificou como “ameaças podres” dos Estados Unidos. “Os primeiros a manifestar solidariedade e apoio a este presidente trabalhador foram os militares desta pátria”, ressaltou, conclamando seus aliados a intensificar a formação das bases de resistência.
A escalada retórica de Maduro acontece em meio ao recrudescimento das tensões diplomáticas entre Caracas e Washington, num cenário em que a crise política e econômica da Venezuela continua a marcar a rotina do país.