A delegada Laísa Crisóstomo de Paula Leal, do Núcleo de Atendimento à Mulher, Adolescente e Criança em Sorriso, relatou a prisão de José Alves dos Santos, 31 anos, suspeito de assassinar a tiros sua ex-companheira, Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, 24. O crime aconteceu no domingo (17), em um pesqueiro no bairro Verde Campo, próximo à BR-163.
De acordo com o boletim de ocorrência, Jacyra teria sido abordada por José, que chegou ao local em um VW Fox preto, dizendo que trazia um “presente”. No entanto, sacou uma arma de dentro de uma caixa e disparou contra ela enquanto estava sentada à mesa com amigas. Foram ouvidos ao menos seis tiros, e a vítima morreu no local. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.
A prisão ocorreu menos de 24 horas após o feminicídio. A Polícia Civil foi acionada rapidamente e, após investigação, localizou o suspeito tentando fugir em uma estrada vicinal no distrito de Piratininga, em Boa Esperança do Norte. “Dividimos a equipe, parte seguiu um caminho, parte outro, e conseguimos prendê-lo andando a pé no distrito”, explicou a delegada Leal sobre a ação que resultou na detenção do suspeito.
Durante o interrogatório, o suspeito se mostrou sarcástico e sem remorso, afirmando que “esperava o momento certo, pós‑24 horas, para se entregar”, acreditando equivocadamente que isso o protegeria de ser preso. Ele também admitiu não aceitar o fim do relacionamento, que, segundo investigações, ocorreu em maio.
A delegada comentou ainda que, após a prisão, o suspeito indicou o local onde escondido a arma utilizada no crime. Os agentes retornaram à região de Piratininga e localizaram a arma em uma área de mata fechada.
Apesar de possuir medida protetiva contra o ex-namorado, Jacyra foi surpreendida no pesqueiro e acabou morta. A crueldade e frieza do criminoso causaram forte comoção na comunidade. A família da vítima lançou uma campanha online para custear o traslado do corpo até Belém (PA), cidade natal dela.
A atuação rápida e eficiente da Polícia Civil, sob liderança da delegada Laísa, foi fundamental para a prisão do suspeito em tempo recorde. O depoimento revela a frieza e desprezo do autor, mesmo após o término do relacionamento, reforçando a gravidade do crime e a urgência de mecanismos mais eficazes de proteção às vítimas em situação de violência doméstica.
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